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Maximizando o seu investimento em software

Escrito por Fran Oliveira | Jan 14, 2023 5:58:51 PM

A engenharia da usabilidade (hoje quase sinônimo
de experiência) nos ensina que a satisfação do usuário, e muitas vezes a do
cliente, não vem por acaso. Identifica-se hoje em dia a usabilidade com a arte de uma bela tela, ou uma combinação de cores e estilos agradáveis aos olhos. Isso se justifica porque gostamos do “belo”,
somos no fundo, hedonistas, apreciamos o prazer - o prazer de ver coisas feitas
com esmero, com  cuidado. 

No entanto, a boa experiência não vem somente da apreciação de coisas belas. Ela vem principalmente da resolução de problemas reais, do dia a dia. Precisamos de software pois ele “nos livra” de atividades mundanas de forma mais rápida. Ganhamos tempo. E tempo é o nosso bem mais precioso. Então um bom software é aquele que faz a gente ganhar tempo, fazer coisas mais rapidamente, sem erro.  Dessa forma, precisamos de software de alta usabilidade. E usabilidade é  principalmente, uma questão de engenharia - não está restrita a artistas e suas belas telas. 

Assim, maximize seu investimento em software garantindo a satisfação de seu cliente final. 

Foque no que interessa para o seu cliente. A forma com que com seu software é produzido tem relação direta com isso. Na correria do dia a dia, os desenvolvedores no máximo,  se empenham para entregar software sem erros que faça “o que o chefe mandou”.  O chefe não é o cliente. Por mais que o chefe se coloque como defensor do cliente, ele não o é. Então o sucesso do sistema (o retorno do seu investimento) baseia-se no instinto do chefe e no “chute” do desenvolvedor que fez a programação. A gente diz “chute” por é mesmo. Desenhos de tela, jornadas de usuários não passam de hipóteses. Hipóteses precisam ser testadas para virarem certezas. . No caso, testadas com os clientes, ou ao menos com um grupo de clientes. 

A área da engenharia de software que trata desse assunto é a engenharia da usabilidade. Essa preconiza uma série de diretrizes, já um tanto conhecidas: 1) Conheça seu cliente; 2) identifique o problema dele; 3) Construa protótipo (de alta fidelidade, de preferência); 4) avalie (tanto quali quanto quantitativamente) o protótipo com um grupo de clientes e os ouça com cuidado; 5) ajuste seu protótipo; 6) se for o caso, avalie novamente; 7) Se você não tem mais hipóteses e sim certezas, encaminhe o protótipo final para desenvolvimento; 8) repita o processo periodicamente para assegurar que o seu produto está bem avaliado. 

O problema do uso dessas diretrizes é  que normalmente encarece a construção do software. No caso em tela, o custo vem tanto em termos de tempo quanto de dinheiro. A boa notícia é que há alternativas no processo e a resultante pode ser o alcance do binômio qualidade a custo reduzido. Em trabalho publicado recentemente na conferencia no HCII 2022, debatemos ferramentas e metodologias para enfrentar essa problemática, assegurando de quebra, acessibilidade. 

A FFIT aborda o tema de forma prática. Em seus projetos, já estão embutidos processos de engenharia da usabilidade, que são implementamos por  metodologia própria, racionalizando custos através de boas práticas da engenharia de software.

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